Meu Brasil Angolano – Raul de Taunay – Pandorga – O poeta diplomata que representou o Brasil em várias nações africanas descreve com maestria, num interessante linguajar, cenas vividas in loco, que marcaram sobremaneira sua alma e mente. Numa escrita poética, sem haver poesia, Raul urdiu um belíssimo romance com tênue fronteira entre ficção e realidade, o que a meu ver torna sua obra encantadora, não só pelo efeito imagético, também pela fluidez de sua pena. A sofrida África, com todos seus escatológicos ingredientes – guerras fraticidas, etc –, é descrita conjuntamente aos seus encantos, e são muitos! Obra para ler, guardar, analisar e emocionar seu leitor de qualquer faixa etária. Dará, sem dúvida, um ótimo roteiro cinematográfico.
Alucinadamente – Maria Lucia Moyses Ruiz – Scortecci – O título sugere idas e vindas na vida de uma personagem que recebe ingredientes para uma plena felicidade. Infância e juventude boa, um namoradinho certinho, etc. Todavia, desvios tornaram alguns sonhos não realizados, ficaram latentes. Após alguns incidentes, eis que ressurge o amor da infância, com muita força, vigor e boa vontade. Porém…. uma nova “virada” ocorre, que deixa alucinada e quase indefesa a protagonista. Novamente a autora leva ao leitor um final eivado de tons psicológicos e bens reais. Surpreendente!
Holomovimento: Espelho D’Alma – Melinda Garcia – MCMG – Artista de renome, engajada em propalar a tese do frequente e incessante movimento nas artes, e que norteia nossa vida, lastreou-se nas obras do mestre Dalí em suas diversas e multifacetadas fases para compor a sua, de preponderante relevância. Melinda é possuidora de vasto e determinante cabedal artístico e literário. Afinal: “O que é escrever, senão o inverso de esculpir, isto é, dar um corpo, ou elaborar uma forma para os conteúdos?”. Obra de transcendental importância, particularmente pelo seu enfoque cientifico e religioso. Para poucos!
